O adjetivo junto aos nomes é necessário e deixa o texto elegante. E além disso, não devemos rejeitar nossa tradição de adjetivar os substantivos como aprendemos na escola, nem a nossa “tradição de linguagem barroca”. Mas, isso não significa adjetivar em excesso. Escritores principiantes costumam abusar dos adjetivos e deixar o texto emplastado. Para Osman Lins (Guerra sem testemunhas, 1974) : “Daí o excesso de adjetivação, tão comum em textos de iniciantes. Não é por desperdício ou apenas por inexperiência que o autor em certa fase primitiva, abusa dos adjetivos. O adjetivo é necessário e muitas vezes , constitui uma via de acesso à captação das coisas , do seu entendimento.”
É preciso observar a posição do adjetivo na frase, pois dependendo do lugar que ocupa ele muda se sentido.
Para o autor citado, na criação não se dispensa nada, o importante é estudar, revelar o efeito e as funções do adjetivo; há personagens que se revelam por ele, outras não.