“Inspiração não se aprende na escola”

Apesar da expressão de Noel que muita gente não entende, inspiração não é nada disso e fica para sempre expulsa da fila das expressões. “Sim, adeus à inspiração”e, como observa Raimundo Carrero – ninguém fica inspirado – não conversa com os deuses, não é distinguido pelas musas. Procura a narrativa e escreve ; só isso. Escrevemos porque lemos e estudamos. Sentimos necessidade de escrever, nos preparamos. Os inspirados esperam pelas musas ou, por Baco, na segunda cerveja do bar da esquina – equivocados. Não temos musas, não somos antigos, antiquados ou românticos, nem gregos, não precisamos beber no bar da esquina. Carrero apela para Stephen Vizinczey, sempre muito radical e exigente: você não deve beber, não deve fumar, não deve se drogar, para ser escritor vai necessitar de todo o seu cérebro. Precisamos estudar e escrever com os nossos sentimentos embora com apoio nos conhecimentos.

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