Os livros são nossos professores

Todos nós sabemos que a leitura não é somente uma simples decodificação de signos, e que exige um processo de esforço cognitivo. Ler não é só ler – é ler, reler e treler – é criar o hábito da leitura. Mas, essa leitura tem que ser compreensiva, interpretativa, aquela que nos emociona. Perissé afirma que a pessoa que se dedica a ler e reler, e a ler bem não pode sofrer de tédio. “A leitura consciente, empenhada, reflexiva desperta a vida do livro, aciona toda aquela fecundidade que o autor nos legou ao concluir o seu trabalho e que permanece ali nas páginas impressas como Bela Adormecida a aguardar o beijo revitalizador. Ao mesmo tempo em que revitalizamos o livro, este nos revitaliza também. Os autores da nossa biblioteca tornam-se os nossos professores, na medida em que queremos aprender com eles.”
Falamos ainda de uma leitura de mundo – de filmes, de músicas, de pinturas, de todos os meios de expressão que existem, e estão aí a esperar o nosso beijo revitalizador. Vemos os filmes, ouvimos as músicas, olhamos as pinturas nas exposições… mas será que é só isso? Sabemos como é difícil quebrar as estruturas nas aulas, mas já falamos sobre como aproveitar as melodias nas aulas de Português, como ouvir e sentir uma melodia. E o resultado é que a nossa Língua pode ser estudada de modo alegre, através das coisas habituais do nosso viver cotidiano.
Fiz uma experiência: peguei um livro onde estavam todas as letras das músicas do Chico Buarque. Fiquei impactada. Que coisa maravilhosa! Como o Chico é um poeta excepcional!
Já sabia disso, porque sempre presto muita atenção às suas músicas, mas, exitem outras que fogem ao nosso conhecimento, e que fazem da sua obra uma pérola rara.

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