ESCOVANDO A ESCRITA

Também podemos aprender a escrever, imitando a escrita dos outros, boas escritas, é claro, de escritores e poetas, principalmente. Fiz um trabalho com meus alunos, na Pedagogia, nesse sentido, e saíram coisas muito boas. Eles me disseram que as escritas favoritas para esse tipo de trabalho, são trovas e poeminhas. Não pode ser texto muito grande. Há o trabalho de observar ( e criar) rimas também, que é bem interessante.

“Quem tem amores não dorme,
Nem de noite, nem de dia
Dá tantas voltas na cama,
Como peixe na água fria.”

OBS: Escolha uma palavra e peça um número de rimas (dê preferência às rimas ricas, que são contrárias às pobres).
Jogo:
Reúna um grupo.
Cada aluno escreve um palavra numa tira de papel e coloca num saco.
Um dos participantes retira uma palavra que é lida em voz alta.
Começa a contagem de 1 minuto.
Todos vão procurar escrever dentro do tempo estipulado, o maior número de palavras que rimem com a que foi lida.
Ganha quem conseguir escrever o mair número de palavras.

“Esta noite tive um sonho
que não me sai da lembrança
Sonhei que vi a saudade
Abraçada com a esperança”

“Ando à procura de espaço
para o desenho da vida
em número me embaraço
e perco sempre a medida
Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso
protejo-me num abraço
e gero uma despedida.” (Cecília Meireles)

Procura-se um equilibrista
que saiba caminhar na linha
que divida a noite do dia
que saiba carregar nas mãos
um fino pote cheio de fantasia
que saiba escalar nuvens arredias
que saiba construir ilhas de poesia
na vida simples de todo dia
” (Gessy)

Sugestões interessantes:

AZEVEDO, Ricardo. Fui pro mar colher laranja : seleção de quadras populares brasileiras. São Paulo, FTD, 1988.
MEIRELLES, Cecília. Janela Mágica. São Paulo, Moderna, 1983.

Uma escrita de DRUMMOND:
“Se o meu verso não deu certo, foi seu ouvido que entortou”



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