SEMPRE ELE . . .

Passando em frente ao Sebo, aqui em Campo Grande existem alguns, entrei e fui remexer nos livros, como sempre faço. Encontrei uma coleção da Ática, Série Bom Livro, bem mais simples, mais leve, mais barata. Conversando com a vendedora, fiquei sabendo que são livros adotados nas escolas. Peguei então, a importante trilogia de Machado de Assis – Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Dom Casmurro, pois gostaria de ver o que os alunos estão consumindo e de que forma estão consumindo.
Comecei a ler e examinar o primeiro – Memórias Póstumas, que é uma obra genial. Realmente, os leitores estão bem servidos – O texto é integral, o que é relevante numa obra. O que chamou a atenção também, é que, no final do livro, há um trabalho muito interessante de Carlos Faraco : Machado de Assis – Um Mundo que se mostra por dentro e se esconde por fora – tratando da vida e obra do autor com trechos das suas melhores obras. É realmente um estudo enriquecedor.
Passando ao segundo, o maravilhoso Quincas Borba, pude notar que o livro é de outra editora e outra série, sendo condensado. Ainda, no prefácio os editores dizem “que o nosso dia a dia é agitado, e o tempo para leitura muito escasso”, lembrando quem vai fazer vestibular e precisa de muitas informações, como justificativa. No final colocam uma Ficha de Leitura.
Dom Casmurro, considerado um dos melhores livros da Literatura, é da FTD, e o texto integral, com biografia do autor no final e algumas orientações para o aluno.

Por que será que as pessoas pensam que para os alunos o material de conhecimento tem que ser resumido? Não é a hora de aprender? Professor e aluno, sujeitos do aprender juntos? Por que resumir?

“Eu gosto de catar o mínimo e o escondido. Onde ninguém mete o nariz, aí entra o meu, com a curiosidade estreita e aguda que descobre o encoberto.”

Antes cair das nuvens que do 3º Andar.”

Machado de Assis

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