Atualmente, anda muito difícil manter aquela conversinha informal (apenas troca de ideias) de fundo de quintal, que sempre tivemos com os nossos amigos mais chegados, mesmo em momentos raros. É necessário filtrar o que vamos dizer para não ofender os brios de alguns. Assuntos são proibidos para não atrair discórdia. Vira o Comitê da Insegurança.
Se vamos ao cinema ver um filme que está gerando discussão nacional e até angariando prêmios para o nosso País , saímos com aquela vontadezinha de alardear os nossos palpites, não achamos espaço e temos que nos conformar com as impressões da mídia. Muito do conteúdo do filme já sabemos qual é, durante a nossa trajetória, fizemos esforço para compreender e analisar as questões que angustiavam a nossa vida. E digamos, é uma questão que merece ser levantada. Mas, existem outros detalhes, como por exemplo, só para citar, a evolução do cinema nacional e as suas possibilidades em nossa sociedade. ( eu, que sempre fui uma “cinéfila de plantão”))
Mas, aí surge a tal polêmica do- é preciso ver o que está por trás- como se fôssemos uma fila de tontos que só enxergam o que está na frente. Existem pessoas que não vão ao cinema para ver o filme, porque tem um compromisso formado com as ideias do grupo.
Meus amigos, para as nossas futuras conversinhas, ou discussões, ou polêmicas que sejam, não vamos esquecer de mostrar a senha: “é preciso ver o que está por trás”.
Penso que na sociedade do vale-tudo, essa discussão de direita x esquerda é coisa de principiantes, porque, pouca gente sabe, na verdade, em profundidade, o que esses conceitos significam e ficam carimbando a testa das pessoas com o rótulo aleatório que criaram: d; e,
Ao falar sobre a seleção brasileira de futebol (“a quem jurei amá-la com sinceridade) “, eu disse, ( tinha que dizer???, pois é… disse) que fico impressionada com o poder de mobilizar a nossa população que ela tem. Nesse momento, não apresentei senha, e ouvi (em resposta ) dizer que o tal grupo está e vai torcer contra a nossa seleção. Por quê ??? Por motivos óbvios.! Lembrei-me do nosso querido Millôr que dizia ” o livre -pensar é só pensar!”, no final de seus artigos.
Não se esqueçam, meus amigos- apresentar carimbo e senha, em reuniões formais e informais.