E o pássaro voou...
O menino e o mapa
O menino pensa perplexo -poderia um mundo tão grande ser representado por apenas um pontinho naquele mapa? Uma fazenda a perder de vista – do tio avô, o dedo ia deslizando para mais um pontinho, outra fazenda de outro tio -avô…e seus pensamentos voavam entre babaçus, salinas rodeadas de areia, garças brancas e perguntas sem respostas. Deveria crescer e voltar. Voltar para fazer uma outra leitura daquele mapa que se chamou Pantanal da Nhecolândia, em homenagem ao pioneiro Joaquim Eugênio Gomes da Silva- o Nheco-o futuro dono de tudo.
Relendo o mapa
Augusto César saiu do Pantanal onde passou sua infância e buscou outros mundos, experimentando emoções novas e voltou em busca de suas raízes, do Pantanal exótico que viu e sentia ainda vibrar em seu sangue Para escrever se serviu de várias fontes de informações: livros, revistas, entrevistas, jornais antigos. Recorreu aos amigos e parentes, buscando resgatar o passado histórico da região.
Para analizar a sua obra, a proposta acompanhou a trilha alinhavada das contextualizações que emergem do cotidiano pantaneiro. Seus textos fazem uma articulação entre os fragmentos que se juntam para expressar a unidade do seu pensamento. Cada escrito é pois , o singular expressando a pluralidade presente em seus livros.
Augusto Proença, Proença que também é meu, deixo a você aqui, a minha homenagem, pensando nas palavras do poeta:
“Se lá no assento etéreo onde subiste
memória desta vida se consente”
Marly, que homenagem linda! Muita tristeza a partida do Augusto! Tanto fez pela Cultura, por nós no Geppe, precisamos publicar os artigos que temos dele nos jornais. Vamos ver? Bjs Sonia
CurtirCurtir